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NOSSA HISTÓRIA

Tudo começou em 2012 com nossa vontade

de ensinar música e incentivar os adolescentes à

leitura. Começamos tocando nossas músicas ao ar

livre perto de uma “feira de rua” na Vila Mirante. Em

pouco tempo fomos convidados a dar aula de música

para meninos que frequentavam uma associação de

futebol no bairro, ASSOC (Associação esportiva,

educacional, cultural O Caminho). Ali, aos sábados,

ensinamos Hip Hop, poesia e interpretação de texto.

O que começou com uma pequena iniciativa, tornou-
se um projeto com cerca de 50 crianças, todos os

sábados pela manhã. A proposta era realizar um

diálogo a partir de um texto, e fazer rimas que

compunham um RAP. Desenvolvendo o improviso,

flow, rítmo e outros elementos do Hip-Hop. Essa ação

aconteceu durante quase dois anos, havia pouca

organização e planejamento das atividades, mas

mesmo assim o projeto teve um significativo

crescimento nesse período. Durante esse tempo,

conseguimos nos definir como coletivo e ter

objetivos mais claros quanto às ações que iríamos

desenvolver. Todas as aulas e oficinas aconteciam na

sede desta associação de futebol que é um espaço

grande, porém muito precário, sem banheiros e

iluminação adequada.

Com o êxito de ter conseguido dar aulas e

ensinar Hip Hop e poesia, surgiu um projeto mais

claro e conciso, o projeto “cantando as minhas

histórias”. A proposta de 2014 era ensinar em três

grandes frentes: música, poesia e composição. As

aulas aconteciam sempre aos sábados de manhã.

Essa experiência foi fundamental para nosso

projeto. As crianças tiveram contato com softwares

de gravação, aulas de musicalização, literatura e

composição. Conseguimos desenvolver aptidões e

estimular o aprendizado musical por meio da Cultura

do Rap e poesia de rua. Nesse ano fomos aprovados

no VAI 1, e tivemos o trabalho de organizar as aulas,

escrever um projeto, participar de ações em REDE

com outros coletivos de Pirituba. O ano de 2014

trouxe um projeto mais claro e organizado, foi um

divisor de águas para os objetivos do coletivo. Nesse

mesmo ano decidimos trabalhar integralmente com

arte cultura. Também definimos nosso público-alvo,

tendo como principal crianças e adolescentes.

Também foi a partir desse ano que tivemos mais

reconhecimento do bairro como coletivo de cultura,

e com isso recebemos os primeiros investimentos

financeiros de empresas e comércio.

No ano de 2015, iniciou-se o projeto

“compondo as nossas histórias” que foi a evolução

das ações realizadas no primeiro projeto. (Segundo

ano consecutivo de VAI 1). Durante as aulas de Hip-
Hop notamos, repetidas vezes, o interesse das

crianças em aprender violão. Fizemos uma pesquisa

entre alunos e decidimos iniciar um projeto que

juntasse os conhecimentos de Hip-Hop com o violão.

Foi um grande desafio para nós porque teríamos que

dar aulas coletivas de instrumento, o que é algo difícil

para instrumentos harmônicos. Em 2015 tivemos duas

turmas de 15 alunos, onde conseguimos violão para

todos, três professores disponíveis para as aulas e

escrevemos uma apostila de teoria musical (em anexo

no fim do projeto). As aulas ocorriam às segundas e

sextas periodicamente. Obviamente que

conseguimos tudo isso com a ajuda de patrocínios

como o VAI, da empresa Rozini de instrumentos

musicais e outros investimentos do bairro. Tivemos a

clareza que nosso projeto caminhava para ser um

espaço de formação artístico-cultural .

Em 2016, já com o objetivo de se tornar um

espaço de formação cultural iniciamos novas turmas

de violão e abrimos o primeiro curso de graffiti

(terceiro ano de VAI 1 consecutivo). Uma das nossas

integrantes iniciou os cursos de graffiti e desenho.

Logo, oferecemos um curso com duas vertentes,

música e graffiti. O aluno tinha a opção de fazer os dois

cursos e ter contato com as duas áreas. Conseguimos

patrocínio de casas de tinta da região para a aquisição

de sprays, o que viabilizou um curso prático. Neste ano

as aulas aconteceram às segundas, quartas e sextas.

Em 2016 também iniciamos um projeto de

revitalização das praças da vila mirante, “a praça é

nossa”, apoiado pelo VAI. Em parceria com o coletivo

de construção agroecológica da FAU (faculdade de

arquitetura e urbanismo) fizemos uma grande

mobilização no bairro com 8 finais de semanas

seguidos de trabalho para revitalizar a praça central da

vila. Tivemos muito êxito neste trabalho e todo o

bairro participou das atividades, o que foi muito

significativo para as ações culturais em Pirituba. As

ações culturais e artísticas não podem ficar restritas às

pessoas que frequentam os espaços culturais, mas é

necessário intervir na sociedade gerando mudança,

debates e apropriação dos espaços públicos. Em 2016

ocorreram duas turmas de formação cultural (música

e graffiti), totalizando 40 alunos, duas turmas de 20

pessoas.

 

No final desse ano agitado nos foi concedido uma serralheria de um antigo morador do bairro, para que

pudéssemos construir um espaço adequado para

todas as atividades, o  Mirante Cultural. Com isso, em outubro de 2016

iniciamos a reforma deste espaço, que hoje está na

metade da construção. Tivemos consultoria de um

arquiteto e um engenheiro que estão supervisionando

a obra e todos os recursos necessários estão sendo

captados através de empresas e pessoas civis.

Iniciamos também uma campanha no catarse, um site

de financiamento coletivo, com o objetivo de levantar

30 mil reais e conseguir finalizar a obra em março de

2017.

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